Enquanto uma perspectiva teórico-epistemológica profundamente inserida na área dos estudos de gênero, as discussões sobre os aspectos sociais do cuidado podem envolver as esferas econômicas, sociológicas, antropológicas, históricas, culturais, jurídicas, psicológicas, afetivas, biográficas e políticas. Proporcionam, assim, uma observação mais atenta das práticas e atitudes ligadas à manutenção da vida e do bem-estar diante da percepção da vulnerabilidade e da interdependência como condições humanas. Trata-se de uma proposta investigativa que evidencia contextos e relações sociais diversas. Os estudos sobre o cuidar propõem reflexões críticas sobre os arranjos da produção e reprodução na formação de imaginários sociais sobre homens – provedores da esfera pública, chefes de família e autossuficientes – e mulheres – maternais e cuidadoras por abnegação, ligadas à dependência e ao âmbito doméstico. (...)